terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Voz





Como é Produzida a Voz Humana

A produção do som depende, basicamente, de ar e da laringe, onde estão as cordas vocais. A laringe é composta por três anéis de cartilagem. Dentro destes anéis, estão as cordas vocais, que são pequenos músculos com grande poder de contração/extensão. São classificadas em verdadeiras e falsas. As verdadeiras (com cerca de 1 cm nos homens e até 1,5 nas mulheres) estão na parte inferior da laringe e as falsas na parte superior. O som da voz normal é produzido pelas verdadeiras e o falsete pelas falsas.

Durante a respiração, as cordas vocais permanecem abertas, enquanto que para a produção de som elas se fecham, e o ar faz pressão, causando uma vibração que produz o som.

Laringe: Cordas Vocais em movimento (vista transversal)


Você sabia?

Existem vários tipos de doenças ligadas à voz, mas normalmente as pessoas só percebem a rouquidão. Em grande parte dos casos, uma doença surge pelo uso errado da voz. Cerca de 20 a 30% da população normalmente apresentam algum tipo de lesão nas pregas vocais. Apesar de benignas, essas lesões podem evoluir para um problema mais grave,
como o câncer de laringe, que muitas vezes, aparece em seu estágio inicial como uma simples rouquidão.


Fique atento a esses sintomas

• Rouquidão persistente
• Perda da voz
• Pigarro
• Dor ou ardência na garganta

• Dificuldade para engolir
• Dificuldade para respirar

Quaisquer desses sintomas podem significar algum problema em seu aparelho vocal, desde doenças inflamatórias, tumores benignos e até malignos graves como o câncer de laringe. O Brasil é um dos países com maior incidência dessa doença, que tem grande possibilidade de cura quando diagnosticada no início. Por essas razões, é muito importante consultar um médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo sempre que esse quadro clínico se apresentar.


Como cuidar da voz

• Não fumar
• Não forçar a voz
• Não gritar e cochichar
• Manter o volume normal da voz e articular bem as palavras
• Evitar falar excessivamente durante exercícios físicos, quando gripado ou em crise alérgica
• Não pigarrear excessivamente
• Ingerir muito líquido em temperaturas frescas ou ambiente

• Evitar bebidas alcoólicas
• Evitar alimentos que causem azia ou má digestão
• Evitar ambientes com muita poeira, mofo e cheiros fortes


A voz e o trabalho

Cerca de 70% da população ativa utilizam a VOZ como instrumento de trabalho. Em especial, são considerado
s profissionais da VOZ os professores, leiloeiros, cantores, atores, vendedores ambulantes, advogados, telefonistas, recepcionistas, políticos, líderes religiosos, jornalistas, operadores de telemarketing, entre outros. Portanto, a VOZ deve ser preservada com todo carinho.


Laringectomia


INTRODUÇÃO

A voz é uma característica peculiar à espécie humana. Para os especialistas envolvidos com o tratamento de pacientes portadores de câncer da laringe, fica evidente o desejo desses pacientes em aceitar recuperações com riscos, por vezes aumentados, para preservar ou restabelecer a voz.

A laringectomia quase-total, descrita por Person (1980), é um procedimento cirúrgico para tratamento do câncer avançado da laringe, cuja principal vantagem é preservação da fala, com ar pulmonar, através de uma passagem mucosa e muscular enervada, porém sem possibilidade da respiração nasal. Em outras palavras possibilita a criação de um shunt fonatório miomucoso dinâmico.

Assim, lesões muito grandes para serem tratadas por laringectomias parciais, porém com mucosa e nervo laríngeo inferior preservados em um mesmo lado, podem ser tratados dessa forma, com um shunt que dirige o ar para a faringe, para a produção de uma fala utilizando ar pulmonar.

INDICAÇÕES

As indicações clássicas da laringectomia quase-total (Pearson, 1980) são:

a. Lesões avançadas e lateralizadas da laringe, com extensão subglótica para a cartilagem cricóide (T3 e alguns T4 de laringe).

b. Câncer avançado do seio piriforme com envolvimento de seu ápice (T4).

c. Fixação da prega vocal, invasão extralaríngea no lado do câncer e envolvimento faríngeo extenso, mesmo requerendo reconstrução com retalhos, não contra-indicam a cirurgia.

d. Pode ser ocasionalmente recomendada, com bases fisiológicas, em pacientes com reserva pulmonar pobre como alternativa para uma laringectomia supraglótica, com grande risco de pneumonia aspirativa no período pós-operatório.

CONTRA-INDICAÇÕES

A laringectomia "near-total" está contra-indicada quando:

a. Há envolvimento tumoral interaritenóideo ou pós-cricóideo, o que torna oncologicamente insegura a preservação da aritenóide contralateral.

b. Envolvimento de mais da metade anterior do comprimento da prega vocal contralateral, pois isto não permite a preservação suficiente da laringe para a formação do shunt.

c. Radioterapia prévia é contra-indicação relativa pelo edema variável dos tecidos.

Sempre que um paciente tenha recebido radioterapia prévia à cirurgia ou esteja em franca desnutrição, com distúrbios metabólicos, ou ainda, sofra de doença aterosclerótica severa haverá o risco de complicações e fístulas pós-operatórias. A alternativa terapêutica será a realização de laringectomia total e colocação de prótese tráqueo-esofágica.

Após a Laringectomia Total há uma alteração dos mecanismos de condução do ar até os pulmões. Na respiração do laringectomizado total o ar entra pelo traqueostoma, que é um orifício feito por cirurgia no pescoço. Na expiração, o ar sai dos pulmões e passa novamente pelo traqueostoma.

Assim, na respiração do laringectomizado total não há passagem de ar pela boca, o que torna independente a via digestiva (por onde passa a comida) das vias respiratórias (por onde passa o ar).

Observe as figuras ao lado para entender melhor este processo.

A laringectomia total acarreta a perda da voz laríngea. Contudo, isto não significa a perda da fala ou da linguagem. A reabilitação vocal é possível através da voz esofágica, que substitui a voz laríngea usando a via digestiva para produzir o som, ou através da utilização de próteses fonatórias.

A Laringectomia total é a retirada da laringe. E so é necessária por existir um tumor que afeta as cordas vocais (ou partes da laringe).
Após a laringectomia, há uma modificação dos caminhos da condução do ar e da alimentação: a inspiração do ar passa a ser feita pelo traqueostoma (orifício no pescoço). Os aparelhos respiratório e digestivo tornam-se separados e independentes.

A abertura no pescoço é necessária para a entrada e saída de ar dos pulmões. Após a laringectomia o ar não poderá circular nem pela boca nem pelo nariz, como acontecia antes.

Motricidade Oral


“Motricidade Orofacial é O campo da Fonoaudiologia voltado para o estudo/pesquisa, prevenção, avaliação, diagnóstico, desenvolvimento, habilitação, aperfeiçoamento e reabilitação dos aspectos estruturais e funcionais das regiões orofaciais e cervicais.” (Comitê de Motricidade orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia).

A Fonoaudiologia é uma profissão rica,muito bonita e o trabalho com a motricidade Orofacial não fica atrás,sendo um dos maiores carros chefes da prática desta profissão.

Tem seu enfoque no desempenho de atividades que trabalha as funções orofaciais e cervicais em suas diversas interfaces.

O Fonoaudiólogo Especialista em M.O. relaciona-se com várias áreas afins o que lhe possibilita um mercado de trabalho bastante amplo e compatível com a realidade da maioria das regiões do país como por exemplo: odontologia(e suas várias especialidades), neurologia, pediatria, fisioterapia, psicologia, cabeça e pescoço, otorrinolaringologia, dermatologia, cirurgia plástica e bucomaxilo facial dentre outros profissionais norteiam a atuação fonoaudiológica.

A especialidade Motricidade Orofacial necessita de critérios para assim ser chamada,o profissional deve ter conhecimentos e habilidades necessárias,conforme a descrição do Comitê de Motricidade Orofacial da SBFa:

A área da motricidade oral atuou durante muito anos de maneira empírica, avaliando as estruturas- lábios, língua, bochechas e funções orofaciais- de maneira subjetiva, isolada, sem fazer relação com os aspectos ósseos e dentários. Apenas quando conhecemos os processos fisiólogicos normais é possível entender os diversos processos patólogicos na região do complexo orofacial.
O trabalho do fonoaudiologo da aréa de motricidade oral irar ligar com a coordenação e a força dos músculos
Aqui iremos apresentar o sistema estomatognático, suas funções e patologias.

A Motricidade Oral é uma especialidade da Fonoaudiologia que atua com a prevenção e a reabilitação dos músculos da face e de suas funções:
• Sucção;
• Deglutição;
• Respiração;
• Mastigação e
• Fala.

Avaliando sua musculatura da face, boca e língua. Solucionar problemas relacionados á:

• Motricidade Orofacial: mastigação, deglutição, fala e respiração;
• Reorganização Neurofuncional- Método Padovan;
• Voz, alterações de fala: atraso na fala, distúrbio articulatório, gagueira...;
• Atendimento em pacientes especiais;
• Alteração de leitura, escrita e voz.

Sucção




Motricidade Oral é a área da Fonoaudiologia que irá aperfeiçoar e reabilitar os aspectos estruturais e funcionais das regiões orofacial (musculaturas da face e da mastigação) e cervical.

Os distúrbios de motricidade oral envolvem alterações de funções como a respiração, mastigação, deglutição e articulação (fala). O fonoaudiólogo trabalha com estas alterações juntamente de ortodontistas, otorrinolaringologistas, dentistas, médicos, entre outros

O sistema estomatognático responsável diretamente pelas funções orais, sucção mastigação, deglutição, respiração, fonação, expressão facial (mandíbula, língua e hióide).

Sugar é um ato reflexo, é através de uma sucção correta e eficiente que as estruturas faciais se desenvolvem para que posteriormente possamos falar de maneira eficiente.

Para tanto, a amamentação natural (no seio materno) é de grande importância, pois promove o esforço necessário durante o ato de sugar, para que o desenvolvimento muscular necessário para a fala, mastigação, deglutição e respiração aconteça de forma adequada.

Sua integridade funcional e anatômica permitirá correto desenvolvimento e crescimento das estruturas dento faciais garantindo seu perfeito funcionamento e possibilitando saúde ao individuo em virtude das inter-relações existentes entre o sistema estomatognático e os demais órgãos e funções dos outros sistemas.

O primeiro reflexo do neonato é a sucção. A alimentação do recém nascido para ser segura necessita de uma boa coordenação entre sucção, respiração e deglutição. Ao sugar o seio, o bebê estabelece o padrão adequado de respiração nasal e estimula adequadamente os músculos envolvidos na deglutição e, posteriormente, na mastigação. Esta estimulação precoce dará à criança subsídios de melhor adequação dos órgãos utilizados na fala.

Quando o aleitamento materno é inadequado ou inexistente, o bebê pode apresentar alterações de sucção, mastigação, e deglutição; problemas de fala; distúrbios respiratórios, problemas ortodônticos, anteriorização do reflexo de náusea e posicionamento inadequado da língua.

Quanto mais prolongado o aleitamento no seio materno, menor a incidência de alterações no sistema estomatognático; até os 6 meses de vida o bebê não necessita de nenhuma outra fonte de alimentação.

Fissuras lábio-palatais

O QUE SÃO ESSAS FISSURAS?

- As fissuras do lábio e do palato (“céu-da-boca”) são malformações congênitas incompletas do terço médio da face, ocasionadas, basicamente, pela falta de fusão entre os ossos maxilares, sendo um problema médico-odonto-social, portanto, há necessidade do citado tratamento integrado.


QUANDO OCORREM?


- Ocorrem no período embrionário ou entre a 3ª e a 7ª semana de vida intra-uterina, sendo que a formação do palato começa no final da 5ª semana, e se completa somente na 12ª semana do desenvolvimento do feto, mas o período mais crítico é o que vai da 6ª até o início da 9ª semana da vida intra-uterina para as fendas palatinas e 3ª semana para as lab

iais; o diagnóstico pré-natal é feito pela ultrassonografia na 14ª semana de gestação.


QUAIS SÃO OS TIPOS QUE EXISTEM?


-Clinicamente, as fissuras lábio-palatinas podem apresentar graus variados de gravidade, de acordo com a:

1 – Extensão: Podem ser: - unilaterais; - bilaterais; - completas; - incompletas;


2 - Localização:


a) Pré-forame (Forame é o orifício no osso por onde passam vasos sanguíneos e nervos) incisivo (junto aos dentes incisivos): quando acometem, total ou parcialmente, desde o palato primário (anterior) até o forame incisivo; na forma mais grave encontram-se fendido o lábio, a arcada alveolar e o assoalho nasal;

b) Trans-forame incisivo: Comprometem tanto o palato primário quanto o secundário (posterior), podendo ser unilaterais ou bilaterais;

c) Pós-forame incisivo: São somente as do palato, comprometendo desde o forame incisivo até a úvula (“campaínha”), sendo que, na forma incompleta, se encontra fendido apenas o palato mole (parte mais posterior do palato).



QUAL É A ESTATÍSTICA DISPONÍVEL?


- As fissuras estão classificadas entre o 3° e o 4° defeito congênito mais freqüente, sendo que no Brasil ocorrem na ordem de 01 para 650 nascimentos e a estimativa superficial aponta para a existência de, aproximadamente, 180.000 fissurados no Brasil. No mundo, a cada hora, nascem 15.000 crianças com essas anomalias. A proporção é de uma criança branca para cada 700 nascimentos; na população negra é de 1 para 2.000 nascimentos. As fissuras do lábio e do lábio e palato são mais freqüentes no sexo masculino; - já no feminino ocorrem mais as de palato somente.


QUAIS SÃO AS CAUSAS?


– Podem ser: multifatoriais (devido a vários fatores) e poligênica (vários gens envolvidos).


1) - Fatores Genéticos ou Hereditários:


- A incidência cresce com a presença de familiares fissurados, nas seguintes proporções:

- Pais normais = 0,1% de chance de ter um filho fissurado; - Pais normais e um filho fissurado = 4,5% de chance de ter outro filho fissurado; - Um dos pais e um filho fissurado = 15 % de chance de ter outro filho fissurado. Tudo leva a crer que, quando na presença de predisposição hereditária, a conjugação de fatores ambientais pode precipitar o aparecimento da anomalia. O casamento entre parentes também é uma causa significativa, principalmente no interior do Estado, onde este fato é mais comum.


2) – Fatores ambientais: Entre outros, destacam-se:


a) Nutricionais: - Deficiência na dieta materna de sais minerais (zinco, cobre, iodo, mangânes, flúor, principalmente) e vitaminas (A, riboflavina, ácido fólico e outras);

b) Químicos: - Quando a gestante faz uso freqüente e em grande quantidade de drogas, fumo, álcool, além de medicamentos sem a necessária orientação médica;

c) Endócrinos: - A cortisona produz, experimentalmente, fissuras de lábio e palato em quase 100% de camundongos;

d) Atômicos: - O efeito nocivo das radiações sobre o feto é indiscutível, podendo destruir ou alterar a capacidade de multiplicação e diferenciação das células – considerando-se também as radiações radiológicas durante a gestação;

e) Infecciosos: - Contato da mãe, no primeiro trimestre de gestação, com doenças, tais como: sífilis, rubéola, e outras.


QUAIS SÃO AS CONSEQÜÊNCIAS?


- Seus portadores, além de grave problema estético, apresentam distúrbios funcionais, desde a alimentação até a fonação. Se as deformidades não forem tratadas de modo adequado e mais prematuramente possível, causará também problemas psicológicos. O progresso da técnica cirúrgica e dos cuidados extra-cirúrgicos, através de uma bem treinada equipe multi-profissional tem possibilitado melhor êxito estético-funcional, tornando os portadores dessas deformidades cada vez mais integrados à sociedade, possibilitando que se casem e trabalhem normalmente, reabilitando-os definitivamente. Mas é bom lembrar que este resultado, geralmente, só será alcançado após decorrido um prazo de 15 a 20 anos, a não ser nos casos mais simples, isto é, de fissuras parciais.


As alterações encontradas nas fissuras anteriores são:

- Alterações no músculo orbicular dos lábios;

- Comprometimento da sucção e articulação;

- Depressão da asa nasal e desvio de septo que podem contribuir para obstrução nasal.

Já nas fissuras posteriores, as alterações encontradas são:

- Hipernasalidade.

- Refluxo alimentar para a cavidade nasal.

- Aparecimento de otites médias secretoras por impossibilidade de abertura das tubas auditivas.

A fissura que acomete o palato mole é denominada Fissura Palatina Submucosa, que pode provocar hipernasalidade vocal e refluxo alimentar nasal. Distúrbios Auditivos: Os Distúrbios Auditivos podem ocorrer devido à entrada de líquidos na tuba auditiva durante a deglutição, causando otites médias.

O mecanismo da tuba auditiva pode encontrar-se alterado devido a alterações na inserção e contração do músculo tensor do véu-palatino. Também podem ocorrer devido a anomalias anatômicas da tuba auditiva e seu funcionamento com o músculo tensor do véu palatino.

Alterações de Voz: As características vocais de pacientes com fissura palatina são hipernasalidade, nasalidade mista, redução da intensidade e qualidade vocal tenso-estrangulada.

Distúrbios de Fala: Os principais Distúrbios de Fala encontrados são a presença de mecanismos compensatórios e de fala, na tentativa de compensar o escape de ar nasal (tentativa para impedir que a corrente aérea seja direcionada para o nariz). Dificuldade para produzir fonemas plosivos fricativos.

As causas para o Distúrbio Articulatório são:

  1. Alterações na Função Velofaringea* – ocorre dificuldade na aquisição da pressão intra-oral necessária para e emissão de fonemas plosivos e fricativos. Também prejudica a ressonância vocal equilibrada.
  2. Deformidade do palato e da arcada dentária – ocorre distorção dos fonemas em decorrência dos pontos articulatórios não se encontrarem íntegros.
  3. Compensações glóticas (golpe de glote) – substituições devido à impossibilidade aérea de se obter os fonemas nos respectivos pontos.

COMO DEVE SER O ATENDIMENTO?


A Organização Mundial da Saúde preconiza que o tratamento seja realizado com a colaboração da própria família dos pacientes, e a integração continuada entre os seguintes profissionais: - Anestesista; - Assistente Social; - Cirurgião Bucomaxilofacial; - Cirurgião Plástico; - Enfermeiro; - Fisioterapeuta; - Fonoaudiólogo; - Geneticista; - Médico Clínico (Geral, Fetal ou Neonatologista); - Nutricionista; - Obstetra; - Odontólogo (Geral, Endodontista, Implantodontista, Periodontista e outros); - Odontopediatra; - Ortodontista;


- Ortopedista Funcional dos Maxilares; - Otorrinolaringologista; - Patologista Clínico; - Pediatra; - Protesista Bucomaxilofacial; - Psicólogo; - Radiologista, e outros profissionais que se fizerem necessários conforme cada caso exija, todos interagindo em conjunto.


Reabilitação Fonoaudiológica

A fonoaudiólogo atua no pré e pós operatório, para orientação inicial de sucção e alimentação e, posteriormente, na adequação funcional das estruturas.

Intervenção Precoce:

Os objetivos da terapia fonoaudiologica no tratamento precoce são:

  1. Alimentação: Atuar no aleitamento materno. (Obs: no pós-cirurgico da Queiloplastia não deve ser usada mamadeira por 15 dias. A alimentação deve ser pastosa rala por mais ou menos três meses).
  2. Hábitos Orais: Evitar instalação de hábitos nocivos.
  3. Sensibilidade: São feitos exercícios que abrangem três níveis de sensibilidade: tátil, térmica e gustativa. O objetivo desse trabalho é fornecer estímulos sensoriais na parte anterior da cavidade oral, evitando fixação de movimentos ompensatorios.
  4. Linguagem e Fala
  5. Audição
  6. Desenvolvimento Neuropsicomotor.

*O funcionamento do esfíncter velofaringeo ocorre da seguinte forma: 1- palato mole posterioriza-se, tocando a parede posterior da faringe; 2- medilização das paredes laterais da laringe; 3- anteriorização da parede posterior da faringe.

O QUE PODE SER FEITO PARA PREVENIR?


-Ainda não há condições para prevenir ou limitar a ocorrência das fissuras labiopalatais, mas é fundamental que ocorra um acompanhamento médico pré-natal, principalmente durante o primeiro trimestre de gestação, pois é o momento em que a futura mãe é preparada para lidar com a situação que enfrentará logo após o nascimento do bebê.


COMO PODEM SER OBTIDAS MAIS INFORMAÇÕES?

– Mediante contato com a ABFP-RN, no endereço constante no cabeçalho, poderemos orientar os interessados, ou, ainda, no diário (“blog”) http://abfp-rn.zip.net. No ambulatório do Hospital Pediátrico da UFRN há atendimento de 2ª a 6ª feira, das 08 às 12 horas (Tel. 84 - 3202 A amamentação natural (ao seio) é a maneira mais adequada para oferecer os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento do recém-nascido. Além disso, quando a criança é amamentada ao seio, as estruturas faciais têm um melhor desenvolvimento e a incidência de cáries é menor. Além dos nutrientes, o leite contém fatores antibacterianos, antivírus, antiinfecciosos, antiparasitários e propriedades imunológicas.

Mastigação


A mastigação é a função mais importante para o equilíbrio das estruturas orofaciais. Ela mantém a força dos músculos do rosto, modela a forma dos ossos e a posição dos dentes, além de ser a primeira fase da digestão dos alimentos. Por isso é tão importante cuidarmos desta função. A mastigação aparece no primeiro ano de vida. Com o surgimento dos primeiros dentes (decíduos), a criança já ensaia movimentos de abrir e fechar a boca e, neste momento, é essencial que, aos poucos, o alimento fique cada vez mais consistente para estimular a melhora da função de mastigar. É um engano comum achar que o bebê deve comer papinhas batidas e peneiradas por muito tempo. Esse tipo de consistência não estimula a força dos músculos e o desenvolvimento dos ossos faciais. O mesmo se aplica a todas as outras faixas etárias: a consistência dos alimentos deve ser observada e cuidada. O ideal é haver variação e dar preferência a alimentos mais consistentes, que precisem ser mastigados com mais intensidade e duração. Durante a mastigação, os lábios devem estar ocluídos, a mandíbula deve movimentar-se para cima e para baixo e fazer movimentos rotatórios, e o alimento deve ser mastigado do lado direito e esquerdo da boca. Caso haja dificuldade em alguns destes aspectos, é necessário observar a respiração, o tipo de mordida e oclusão dos dentes e procurar um profissional especializado (ortodontista e/ou fonoaudiólogo).

É realmente impressionante como hábitos simples podem promover mudanças significativas na qualidade de vida das pessoas. Um hábito extremamente importante para a manutenção de uma vida equilibrada está ligado ao simples ato de mastigar a comida vagarosamente e diversas vezes durante as refeições. Se você não acredita nisso, aí vão 10 razões, extraídas do livro "Power Eating Program" de Lino Stanchich, para te convencer do contrário.

01 - Melhora a Digestão.

É intuitivo. Quanto mais você mastigar e quanto menos tenso estiver na hora da refeição melhor será sua atitude de paz e alegria e melhor você digerirá e assimilará seu alimento.

02 - Desenvolve Paciência e Auto-Controle.

Se tiver disciplina nas refeições, terá mais disciplina em sua vida. Também desenvolverá maior paciência. Quando estiver impaciente, sentirá impaciência ao mastigar. Uma produz a outra. Mais mastigação produz mais paciência; mais paciência produz mais mastigação. Seu auto-controle se manifestará quando você conseguir esperar um pouco mais por sua gratificação com comida em vez de conseguir essa gratificação de imediato através de comportamento impulsivo. O prazer momentâneo que conseguimos ao ingerir alimentos nocivos desaparece rapidamente. Mas os efeitos negativos se farão sentir por um tempo muito mais longo.

03 - Reduz a Quantidade de Comida Desejada.

Quando mastigar mais, você necessitará de menos comida porque conseguirá extrair mais nutrição de seus alimentos. Ao diminuir a quantidade de comida, seu estômago diminuirá de tamanho. Se comer corretamente, você diminuirá o tamanho de seu estômago. Quando nossa saúde melhora, precisaremos de menores quantidades de alimentos.
Ao ingerir conscientemente alimentos saudáveis seu corpo se tornará mais firme e mais “enxuto”. Há indivíduos que não perdem peso, qualquer que seja a dieta que adotem. Os resíduos de alimentos parcialmente digeridos permanecem dentro do corpo. Depósitos de resíduos espessos e grudentos criam um bloqueamento para o fluxo de energia. Essa energia se torna, então, estagnada.
Entretanto, se seguir o princípio de mastigar vagarosamente e ingerir alimentos saudáveis que equilibrem sua condição individual, de maneira natural atingirá seu peso ideal.
04 - Economiza.

Mastigando mais você ficará mais satisfeito com menos comida, e, portanto, gastará menos no supermercado. Além disso, sua saúde melhorará, reduzindo suas despesas com médicos e remédios.

05 - Reduz a Necessidade de Doces.

Pessoas que mastigam muito pouco constantemente precisam de doces com as refeições. Aqueles que mastigam bem e bastante os carboidratos complexos notam o sabor doce inerente a esses alimentos e frequentemente conseguem diminuir sua necessidade de doces. É importante para pessoas que sofrem de hipoglicemia ou diabetes e desordens relacionadas do pâncreas e do baço (os quais controlam o açúcar do sangue) mastigar bastante - 150 vezes ou mais. Esses órgãos processam os açúcares. Quanto mais mastigarmos, mais doces os alimentos nos parecerão. O sabor adocicado, juntamente com refeições sem tensões ou estresses, colaborarão para diminuir a necessidade de doces.

06 - Reduz o Mau Hálito.

Os odores do hálito provêm de diversas fontes. A maioria das pessoas que tem mau hálito crônico comem demais ou muito frequentemente. Antes de acabar a digestão de uma refeição já começam outra. Tomam lanches e “beliscam” entre refeições. Três refeições são suficientes se a pessoa come corretamente. Muitos se satisfazem com apenas duas refeições por dia.

07- Ativa as Glândulas.
A mastigação ativa todas as glândulas, desde a pituitária até a tiróide, o pâncreas, o baço e as gônadas. Os órgãos sexuais se tornam mais equilibrados. A glândula que sofre a maior mudança é o timo, o qual produz as células-T necessárias para o bom funcionamento do sistema imune. De acordo com o American Medical Dictionary, pesquisas indicam que o hormônio parotino, o qual é excretado durante a mastigação, aumenta a produção das células-T. A mastigação é essencial para pessoas com AIDS ou com qualquer doença degenerativa.
08 - Reduz a Ansiedade por Comida

Há muitas pessoas com ansiedade por comida. Elas não conhecem a razão para tal ansiedade. Se você mastigar bem uma dieta saudável, aos poucos descobrirá que sua ansiedade por alimentos não saudáveis diminuirá. Você vai passar a se satisfazer com o que comer.
09 - Promove Rejuvenescimento.

A mastigação tem efeitos rejuvenescedores. Os indivíduos da comunidade Hunza dos Himalaias são conhecidos por sua longevidade e prática da mastigação. O Dr. Tomozaburo Ogata, professor da Escola de Medicina da Universidade de Tóquio, conduziu uma extensa pesquisa a respeito de rejuvenescimento. Essa pesquisa é mencionada no livro Natural Immunity, de Noboru Muramoto.
Noboru Muramoto diz que o Dr. Ogata descobriu que a mastigação revitaliza o corpo porque ativa as glândulas parótidas, localizadas em cada lado das mandíbulas, abaixo dos ouvidos. Quanto mais mastigarmos, mais ativas as glândulas se tornam, produzindo o hormônio parotin. Se a pessoa mastigar poucas vezes, o hormônio é engolido e destruido no estômago. Mastigando bem faz com que o hormônio parotin seja absorvido pelo sistema linfático. O hormônio renova as células, afetando o sistema endócrino glandular e rejuvenescendo o corpo inteiro.
10 - Aumenta a Eficiência.

Gastando o seu tempo com mastigação você diminuirá o tempo necessário para terminar outras tarefas.

Distúrbios Temporomandibulares

Os distúrbios temporomandibulares (DTM) são um conjunto de fatores que causam dor na mandíbula e ao redor da articulação (conhecida como articulação temporomandibular ou ATM) e dos músculos. Os problemas das mandíbulas afetam a capacidade de uma pessoa para falar, comer, mastigar, engolir e até mesmo respirar. Os indivíduos com esse distúrbio, apresenta uma perda, se não total, mas parcial na qualidade das funções estomatognáticas.
• Dor facial
• Dor na articulação da mandíbula e ao redor dessa área, incluindo o ouvido
• Incapacidade de abrir a boca facilmente
• Sons de estalos ou rangidos na articulação da mandíbula
• Bloqueio da mandíbula ao tentar abrir a boca
• Dores de cabeça
• Uma mordida incômoda ou desconfortável
• Dor nos ombros, costas e no pescoço
• Inflamação de um lado do rosto