terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Apnéia obstrutiva do sono.



Apnéia é uma doença que se caracteriza por paradas da respiração durante o sono. Estas paradas se devem a obstruções no nariz e na garganta, impedindo que o ar respirado chegue até aos pulmões. Acontece em crianças e adolescentes, mas é mais comum entre os 40 e os 60 anos. É 10 vezes mais freqüente no homem do que na mulher, mas depois da menopausa a incidência é a mesma em ambos os sexos. É uma doença que atinge em torno de 10% das pessoas.É mais comum em homens gordos e de pescoço curto e grosso, nas pessoas que tem língua grande e o queixo pra dentro e nos que tem amígdalas aumentadas e problemas no nariz, tipo desvio de septo, rinite e adenóides. O que ocorre é que à medida que o sono vai se aprofundando e ocorrendo o relaxamento, o próprio peso das estruturas que formam o aparelho respiratório, vai obstruindo progressivamente a passagem do ar respirado. A pessoa vai tendo que aumentar progressivamente o esforço para fazer o ar passar pelos “tubos” até chegar aos pulmões. O esforço feito pelo tórax e pelo abdômen chega a ser tão intenso que sob forte pressão, o ácido dentro do estômago sai e sobe pelo esôfago, podendo chegar à boca e ao nariz, provocando queimaduras. Estas queimaduras provocam inchações na parte interna do aparelho respiratório, provocando na noite seguinte, mais dificuldades ainda na respiração, agravando o quadro.

COMO SABER SE TENHO APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO ?


São vários os sinais que podem fazer pensar nesta possibilidade :

1)O apnêico pára de respirar, todas as vezes que o sono se aprofunda e que ocorre um relaxamento maior. Depois de alguns segundos ou minutos sem ar, ocorre um breve despertar, cessa o relaxamento e ele volta a respirar. De acordo com a gravidade do quadro, isto pode ocorrer centenas de vezes durante uma noite. A pessoa não vai conseguir dormir um sono reparador e vai acordar como se não tivesse dormido. É comum o apnêico ter muito sono durante o dia.

2)Ronco : é causado pela vibração dos tecidos moles na passagem do ar na garganta e significa que está havendo em menor ou maior grau, uma obstrução à passagem do ar. Uma série de roncos seguidos por um silêncio respiratório, terminando com uma expiração explosiva, às vezes com emissão de algum som e um despertar breve, é a descrição de uma crise clássica de apnéia.

3)Queimação ou azia de madrugada, ou pela manhã (devido ao refluxo do conteúdo do estômago, pelo esforço respiratório)

4)Apesar de nossa extraordinária capacidade adaptativa, com o tempo o apnêico pode passar a apresentar hipertensão arterial, arritmias cardíacas, insônia (por medo de dormir), dificuldades na memória, dificuldades na concentração, depressão, irritabilidade, diminuição importante do desejo sexual e da potência e dores de cabeça que aparecem na fronte, na parte da manhã.

5)Grande parte dos “derrames cerebrais” e dos infartos cardíacos, que ocorrem de madrugada ou na parte da manhã, se devem às apnéias do sono.


O diagnóstico e a gravidade da doença só podem ser avaliados, mediante um exame chamado POLISSONOGRAFIA que é feito num Laboratório ou Clínica de Sono.


Assista ao vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=E7J_GrKJdpA


TRATAMENTO:

-Elevação da cabeceira da cama em 15 a 20 cm pode diminuir a incidência de refluxo

-No obeso, é fundamental a perda de peso.

-A cirurgia está indicada nas pessoas que tem a língua muito grande, aumento acentuado das amígdalas, acúmulo de gordura em volta dos tubos respiratórios, queixo pequeno e problemas que dificultem a respiração nasal, como
no desvio de septo e sinusite.


É importante salientar uma pesquisa recentemente feita nos USA que mostra que em torno de 15% dos apnêicos morrem em 5 anos, quando não tratados, de complicações cardíacas ou cerebrais.

Uso do CPAP : máscara nasal que ligado a um compressor, injeta ar sob pressão para dentro dos pulmões, durante todo o tempo de sono.

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